terça-feira, 30 de outubro de 2007

12

Um duro poema então componho –
Ácido, sôfrego, bruto feito um touro
Poema de pedra e diamante
Espetado de si mais que um cacto
Mais que o aço, de jade a sua faca.
Um poema cáustico, humilhante
Em que cato pela sala os seus despojos
Dele, do poema ainda assim intacto
Posto que de inquebrantável osso.
Para vos dizer, Amor, a pau e pedra, do Amor,
Até o último e inapelável caroço.

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